“Você já está muito velho pra aprender algo do zero agora”

“Vai tentar mais uma faculdade e passar vário anos até se formar?”

“Tem gente muito mais nova que sabe o triplo do que você”

Não vou negar que isso seja algo que simplesmente eu deixei para lá, afinal de contas, sou um jr com mais de 30 anos no início de uma transição de carreira.

Antes de mais nada, não veja esse texto como algo “coach”, mas se de alguma forma te ajudar, vai ter valido a pena passar um pouco do horário de dormir para escrever isso aqui.

Há quase 2 anos tenho vivido — literalmente — para a programação.
Não entenda como um ato de desespero, porque sem dúvidas é uma das coisas que mais tem me dado prazer nessa vida; mas hoje posso falar com uma certa tranquilidade — e receio — sobre a ideia de estar velho demais para a área.

Sei que, provavelmente, daqui a alguns meses vou voltar nesse texto e rir de algumas coisas que eu escrevi; mas se existe algo que eu aprendi — na minha vida profissional — foi ter a consciência de quem eu sou em relação a quanto eu sei, portanto me permito dizer coisas como “jr” e refatorar isso futuramente como um pleno ou um sênior.

Eu poderia enrolar por muitas linhas para lhe mostrar todo o contexto e explicar como eu “desencanei” disso tudo, mas a verdade é que com uma simples frase você vai conseguir entender.

“A tecnologia é viva”

Sim! Essa frase fez com que eu tivesse respostas pra qualquer pensamento sobre estar velho demais para o mercado.
Você acha que o front-end é o mesmo de 10 anos atrás?
Você acha que ainda são utilizadas as primeiras features das linguagens de programação?

A tecnologia não é mais a mesma de ontem, não é mais a mesma da semana passada, em questão de horas tudo pode e deve mudar, essa é a beleza de tudo.

E por isso ela sempre vai ser “nova”, portanto, se você começar a estudar agora, saiba que estará estudando algo totalmente novo, seja pela forma que se usa ou até mesmo pelo tempo de criação.
Não quero que isso soe generalista demais, porque se formos nos aprofundar em linguagens mais antigas que ainda são fortes no mercado, talvez mude o foco do texto, mas mesmo assim essas tecnologias — por mais antigas que sejam — se debruçam em conceitos e práticas recentes.

Se eu concordasse com todos os meus pensamentos negativos e levasse em conta que eu teria que estudar todas as linguagens antigas, frameworks antigos para finalmente me tornar um programador “raiz”, nesse ponto eu poderia concordar que eu estaria muito velho para programar e provavelmente você também.

Eu me chamo Fábio de Andrade, sou natural de Belém do Pará e escrevo aqui no Dev para “diarizar” e oxigenar o que penso sobre esse mundo magnifico de programação.