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Mariana Carvalho

Posted on August 5, 2020

Virtualização

Primeiramente, precisamos entender como era o mundo sem a virtualização.

O mundo antes da virtualização era composto por servidores executando, tradicionalmente, apenas um aplicativo ou banco de dados em um único servidor, com apenas um sistema operacional. A cada novo aplicativo ou novo serviço que a área de TI necessitasse, um novo servidor teria que ser instalado, criando, assim, sistemas e servidores isolados, com sistemas operacionais próprios. Esses servidores seriam, portanto, pouco eficientes, requerendo maior espaço para serem armazenados e, consequentemente, elevando o consumo de energia e dificuldade de gerenciamento.

A virtualização, por sua vez, faz com que seja possível rodar as aplicações em uma menor quantidade de servidores. Se antes precisávamos provisionar servidores específicos para aplicações específicas (sem possibilidade de escalonamento e com recursos limitados), com a virtualização podem ser criados ambientes mais ágeis, eficientes, de menor risco e com maior facilidade de gerenciamento.

Na virtualização, cada aplicação e seu sistema operacional rodam em uma máquina virtual, ou seja, o sistema operacional e os recursos físicos do hardware, como CPU, memória RAM e discos de armazenamento, tornam-se abstratos e provisionados para as máquinas virtuais.

Na imagem abaixo, conseguimos ver exatamente como a eficiência de rodar máquinas virtuais se compara a máquinas físicas (em servidores físicos). O servidor ESX faz com que os recursos (CPU, memória, NICs e discos) sejam abstratos e provisionados para cada uma das máquinas virtuais, que possuem diferentes Sistemas Operacionais e suportam diferentes aplicações.

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Referência da imagem aqui. Adaptação: Mariana Carvalho.

Alguns dos benefícios da virtualização:

  • Redução de custos com espaços físicos
  • Redução de custos de servidores físicos
  • Provisionamento ágil de novas aplicações e servidores
  • Agilidade em manutenções programadas
  • A virtualização pode acontecer em diversas camadas: servidores, redes, desktops, e aplicações:

  • Virtualização de servidores: Através da virtualização de servidores, é possível criar várias máquinas virtuais (VMs) distintas dentro de um servidor. Essas VMs compartilham os mesmos recursos, entretanto uma nāo interfere no funcionamento da outra. Cada máquina virtual possui sua própria capacidade de armazenamento, memória e recursos de rede, por exemplo. É possível gerenciar e criar as máquinas virtuais através de ferramentas de virtualização, como o Hyper-V, VMware ESX, e o VMware Workstation Player
  • Virtualização de redes: A virtualização de rede virtualiza os recursos de rede tradicionalmente entregues em hardware para software. A virtualização de rede pode combinar várias redes físicas com uma rede virtual baseada em software ou pode dividir uma rede física em redes virtuais independentes e separadas. Um exemplo de solução que virtualiza redes é o produto NSX, da VMware
  • Virtualização de desktops: A virtualização de desktops é muito similar à virtualização de servidores, em que é possível executar diversos sistemas operacionais em um host. Para hospedar desktops virtuais, geralmente se utiliza uma VDI (Virtual Desktop Infrastructure) ou um RDS (Remote Desktop Services)
  • Virtualização de aplicações: Nesse tipo de virtualização, é possível utilizar aplicações remotamente, sem a necessidade de instalar a aplicação na máquina que o usuário está usando. Antigamente, o acesso a essas aplicações era feito apenas por VPN ou LAN, entretanto, hoje em dia, é possível acessá-las através da internet de forma segura
  • Em um ambiente virtual, movimentar máquinas virtuais de um servidor para outro, ou até mesmo mudar os discos que os dados estão armazenados, traz muitos benefícios para a equipe de TI, como, por exemplo: agilidade, segurança, redução de riscos e também em casos de manutenções programadas em servidores específicos.

    A movimentação de máquinas virtuais pode ser feita de duas maneiras:

  • Live Migration, ou migração ao vivo, na qual a máquina virtual está ligada e operante, sem que seja necessário parar operações
  • Cold migration, na qual a máquina virtual está desligada (completamente desligada) e suspensa (ligada, mas não operante)
  • Em qualquer migração de máquinas virtuais, é necessário levar em consideração todos os requisitos ao movimentá-las, tendo a certeza de que há compatibilidade de discos, CPU, memória, entre outros.

    Mais informações sobre migração de máquinas virtuais, em Português, clique aqui. Mais informações sobre migração de máquinas virtuais, em Inglês, clique aqui.

    Para aprender os conceitos fundamentais de virtualização, recomendamos estes sites, em inglês:

    Fundamentos do Centro de Dados, da VMware
    Fundamentos da Nuvem, da VMware
    Visão Geral Virtualização e Infraestrutura, da RedHat

    Caso conheça outras indicações de livros, certificações ou cursos, fique à vontade para deixar nos comentários. Ficarei feliz em adicionar a esse post!

    Esse texto faz parte do Guia de Infraestrutura de Tecnologia de Informação publicado no medium, no dev.to, e na Open Library. Para checar todos os capítulos, clique aqui e acesse a Introdução.

    Próximo capítulo: Containers

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    Mariana Carvalho

    Posted on August 5, 2020

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