O grande tabu da recolocação profissional - Aceitar um salário menor é realmente um problema?

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Samara Trindade

Posted on March 1, 2024

O grande tabu da recolocação profissional - Aceitar um salário menor é realmente um problema?

Após o término do meu estágio de 2 anos na IBM e o congelamento de novas contratações, exatos 3 meses atrás, mergulhei de cabeça na busca por uma nova oportunidade no mercado. E, deixe-me te contar, a jornada tem sido cheia de surpresas...

Foto Samara Trindade

Contrariando algumas expectativas, percebi que a simples menção da IBM no currículo, ao invés de abrir portas, tem causado um certo “afastamento”. Em minhas entrevistas, esbarrei em uma questão recorrente, o desconforto quando o assunto chega na tão fatídica pergunta: “Qual era o valor da bolsa e quais os benefícios que você recebia lá?”

A IBM é uma big tech e como toda big tech, oferece uma gama generosa de benefícios para os funcionários como: Bolsa estágio acima da média, vale refeição acima da média, auxílio home office, plano de saúde (Pelo menos para estágio é algo mais difícil de se ver por aí), desconto em farmácias, (Esse eu usava bastante! Saudades, inclusive) entre outas coisas...

Vindo de uma sólida carreira na área administrativa, financeira e de RH, compreendo profundamente a importância dos aspectos financeiros para as empresas. A transição de um salário anterior para uma nova realidade salarial pode levantar algumas preocupações quanto à adaptação e retenção do colaborador. E lá se vai todo o trabalho, muitas vezes de meses, para achar o profissional ideal. Eu entendo, é frustrante para a empresa também. Entretanto, é fundamental analisar esse cenário com um olhar mais amplo.

Como profissional em início de carreira (meu nível é estagiária/júnior) acredito firmemente que o foco deve ir além da remuneração. O desenvolvimento profissional é igualmente crucial.

Em minha trajetória profissional, já dei passos ousados que comumente podem ser vistos como “dar passos para trás” em busca de um salto lá na frente.

  • Já trabalhei (de graça) por um tempo para provar minha capacidade de exercer x função, ou seja, dar conta do recado (Hehe!) e a empresa se sentir segura para me contratar. (E deu certo!)

  • Já tive que sair de uma área que eu dominava de cabo a rabo (área administrativa) e estava consolidada para poder virar estagiária de desenvolvimento, recebendo uma bolsa estágio bem menor do que eu recebia como profissional da área administrativa. (E deu certo também!)

  • Já tive uma fase em que trabalhava em 3 empregos diferentes de uma vez só. Pois é, foi uma loucura! Mas saí de todos eles quando vi uma oportunidade de crescimento em uma empresa que valia a pena. A minha renda caiu drasticamente, mas no fim das contas, a recompensa valeu cada centavo “perdido”. (Deu mais do que certo!)

Eu sei, isso é muito de perfil, cada profissional possui um perfil único e minha realidade me permite essas oscilações, mas gostaria de destacar aos recrutadores a importância de não se prenderem exclusivamente ao histórico salarial anterior do candidato. Está tudo bem não ter o salário compatível com o salário anterior.
Muitas vezes, o desejo é simplesmente recomeçar e crescer em um ambiente propício para isso.

Se a empresa tiver oportunidade de crescimento, esse colaborador, especialmente no estágio inicial, como o meu, certamente irá buscar evoluir e alcançar voos maiores dentro da própria empresa.

Frustrante é a incerteza financeira, é não conseguir se recolocar, é ver sua reserva de emergência indo embora mês após mês...

Em resumo, entre ter renda e não ter, minha escolha é óbvia! 🚀

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Samara Trindade

Posted on March 1, 2024

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