Em pleno século XXI é estranho que alguém tente explicar o conceito de tecnologia, mas a questão é que acabamos por esquecer da história. Passamos a acreditar que tecnologia se baseia em informática, aparelhos eletrônicos e coisas do gênero, só que na antiguidade eles não tinham nada disso e mesmo assim faziam coisas inovadoras e tecnológicas. Tecnologia nada mais é do um conjunto de métodos, técnicas ou ferramentas que auxiliam no desenvolvimento de algo ou aprimoram a prática para uma maior eficiência, levando em conta as necessidades da época.
Pensando nisso, imaginem um espaço que contasse com diversas ferramentas, sejam eles manuais ou eletrônicos, onde você tivesse livre acesso, podendo assim também construir coisas inovadoras. Seria realmente fantástico e que bom que já existe.
Esses espaços é o que chamamos de “Espaço Maker”, ele pode existir em diferentes formas, com vários enfoques, ter todo o tipo de ferramentas, estar localizado em qualquer lugar e é aberto para todos. A iniciativa de ter um espaço maker já é inovador por si só, além de ter a possibilidade de construir “quase qualquer coisa”, ele também expande os horizontes, proporciona interações entre as pessoas ocasionando uma troca de saberes incrível. Mais do que produzir algo físico, é possível desenvolver e aprimorar habilidades já existentes, aprender coisas novas sem aquele formato antigo de sala de aula, desenvolvendo a criatividade e autonomia.
Como dito anteriormente, os espaços makers podem estar localizados em qualquer lugar, desta forma eles são responsáveis por levar conhecimento para todos. Em regiões periféricas de grandes cidades eles dão novas oportunidades para os moradores, incentivando e auxiliando-os o desenvolvimento de novas habilidades, ou dando recursos para projetos em desenvolvimento. Os espaços makers podem abrir horizontes, criar uma rede de compartilhamento de informações e conhecimentos onde você pode aprender e ensinar, mostrar todo o potencial das pessoas, incentivar a criatividade, proporcionar contato com ferramentas digitais e não digitais
E como eles podem estar em qualquer lugar, também podem ser de diferentes formas. Existem denominações que diferem um pouco os espaços makers e também o enfoque do que é desenvolvido lá dentro. Por exemplo, os FabLabs são uma rede de laboratórios que o seu enfoque é em produção a partir de máquinas. Também existe o hackerspace que são laboratórios com o mesmo ideal de ser algo de livre acesso, porém é mais voltado para a área da informática, desenvolvendo e utilizando de softwares e hardwares opensource.
Quando se entra em um espaço maker é como se estive entrando no guarda roupa de Nárnia, lá você encontra um mundo totalmente novo. Vá encontrar a sua Nárnia, e depois nos conte como foi!