Tech e Girl? SIM, É POSSÍVEL, Vem você migrar também!!!
Amanda Silva
Posted on March 8, 2020
Seguindo com os artigos semanais, hoje excepcionalmente eu resolvi sair do lado tech e falar para todas as mulheres em homenagem ao nosso dia.
Desde 07/2017 eu tenho participado de comunidades femininas que abordam várias tecnologias, temáticas e áreas e posso dizer com propriedade que foi crucial para me empoderar, me moldar como mulher, me impor e fazer por onde eu estar e ocupar os espaços que me cabem. Mas acredito que a minha maior dor é ver que existem muitas mulheres com potêncial, mulheres que admiro, mulheres que são Fo*@#a e que muitas vezes não estão na mesma força.
Muitas vezes me perguntam dicas de carreira, de migração de área e por onde começar, então hoje resolvi hoje compartilhar com vocês um pouquinho.
Vamos lá, o primeiro passo para você migrar de área é definir o que você mais gosta e se identifica. Realmente a tecnologia é uma sopa de letrinhas super abrangente, é FrontEnd, UX, Scrum Master, Devops, Infra, Cloud, BackEnd, PO, Cientista de Dados, Marketing Digital, Software Engineer, ufa M-E-U Deus Amanda, o que eu faço?
De princípio eu também fiquei perdidaça, me lembro que em uma das primeiras entrevistas que fiz na área quando estava no primeiro semestre, o gestor perguntou "Você gosta de desenvolvimento ou gestão", fiquei "Meu Deus o que será que faz no desenvolvimento?"(Sim, eu não sabia o que era desenvolvimento)
Para mim o que funcionou foi conhecer na prática um pouquinho de cada área até me encontrar. Eu comecei a participar insanamente de todas comunidades e eventos possíveis, até que fazendo um hands on(eventos aonde a gente coloca a mão na massa)aqui, outro ali, que descobri o desenvolvimento(que ironia né haha) e foi amor a primeira vista.
Quando eu digo na prática, não precisa necessáriamente estar presente em todos os rolês, mil MeetUps por mês(sério, tem horas que se não colocarmos limites em nós mesmas, começa a ficar insano, não façam isso, se cuidem girls). O ideal é agir de acordo com as suas condições fisícas e mentais ok.
Aonde eu encontro esses conteúdos Amanda? A recomendação é se infiltrar e fazer uma pesquisa de grupos, páginas, comunidades dos temas que vocês mais se identifiquem (Lembrem que o que eu gosto, pode não ser o que você gosta e vice e versa) e comecem acompanhar, participem sempre que possível, interajam com as pessoas e formem laços.
Uma amiga muito querida, a Melania Miranda criou o Lista das Minas com várias comunidades que ela identificou e vem alimentando (Valeu Mel, te amo um montão), vale a pena dar uma conferida:
https://listadasminas.meninah.dev
Tá ok, agora estou andando com a galera, já tenho um caminho que quero seguir, o que eu faço?
Estudar, estudar, estudar e estudar...
Infelizmente, alguns lugares ainda exigem ensino superior, mas eu observo que grandes instituições vem deixando cair por terra esse conceito e abrindo muitas portas para o pessoal de Tech. Hoje já temos muitas iniciativas gratuitas para mulheres, como Bootcamps, acelerações, academias que muitas vezes geram grande empregabilidade para as alunas. Seguem algumas iniciativas:
https://minasprogramam.com/
https://digitalinnovation.one/
https://www.reprograma.com.br/
https://womakerscode.org/
Bom e agora que eu já me achei, já estou estudando, é hora de colocar a cara no sol e aparecer para o mundo, porque quem não é visto não é lembrado.
O primeiro passo é deixarmos o nosso linkedin legal. Uma dica de ouro é não colocar em hipótese alguma na descrição do perfil "Em busca de uma oportunidade" ou coisa similar. Nessa parte é legal colocarmos o que fazemos(por mais que você ainda esteja estudando, não tem problema, coloque o que você estuda). Se você é desenvolvedora front, coloque. Se é Scrum Master, coloque também. Deixe visivel para as empresas qual a sua experiência, existe um mecanismo no linkedin para recrutadores que permite que eles localizem perfis por palavras chave, então por isso é importante deixar essas informações em destaque.
Coloquem todas suas habilidades, conquistas, trabalhos, certificados, e sim, até aquele do curso que você fez online, é importante para você.
Agora com o perfil ok, comece a seguir empresas que você gostaria de trabalhar e faça conexões com pessoas dessas empresas, acompanhem o que essas empresas vem trazendo de conteúdo e sempre que possível interajam. Observem as vagas que essas empresas publicam e vejam os requisitos das mesmas, é uma boa para se preprar quando forem se aplicar.
Não tenham medo de se canditar à uma vaga, por mais que vocês não atendam 100% dos requisitos. É comprovado que em uma vaga de emprego que pede dez requisitos, se um homem atender pelo menos três ele se candidata(e muitas vezes passa), agora nós mulheres muitas vezes somos impostoras com nós mesmas e se não soubermos os dez, nem tentamos. Porque isso? Então sempre pensem, o não a gente já tem e se não soubermos os dez, só precisamos de uma chance, depois que tivermos lá iremos dar o nosso melhor e aprender o restante, então vamos ser ousadas.
Busque por pessoas que são referência na área que almejamos trabalhar e façam conexão também, elas sempre vão trazer conteúdos que vão agregar para a gente em algum momento.
Poxa Amanda, mas mesmo com tudo isso eu ainda não tenho experiência, e agora?
Uma ótima comprovação da sua experiência é o seu Github(Não manja de git? Segue um curso gratuito para você aprender https://www.udemy.com/course/git-e-github-para-iniciantes/). Coloquem todos os seus projetos, até aquele simples Hello Word que você fez.
Uma outra maneira muito bem vista pelas empresas de experiência, é fazer voluntariado, o que não deixa de ser um trabalho no qual você colocou a mão na massa.
Existe um site bem maneiro que você pode buscar causas para ajudar e praticar seu trabalho:
https://www.atados.com.br/
Algumas comunidades sempre pedem apoio na monitoria dos eventos aonde nessa monitoria, você vai ajudar uma pessoa que está começando também com as dúvidas. O mais legal é que você não precisa ser uma expert no assunto, e pode ter dúvidas durante a monitoria também, e não tem problema nenhum porque alguma outra monitora sem dúvidas irá de ajudar.
Lembre-se também de colocar todas os voluntariados no seu linkedin.
Estudos ok, linkedIn ok, experiência ok? Bora trabalhar e acabar a escassez
(eu sei vai, foi ridicula essa rima mas eu fiz mesmo, tô nem ai kkkkkk)
A gente sabe que por sermos mulheres, enfrentamos muitas situações que nos fazem pensar em desistir, nos fazem sentir que somos menos, temos muitas vezes a sensação de não pertencer, "Ah isso não é para mim", "Ah eu sou uma farça, em algum momento vão descobrir que eu não sei nada", nos auto sabotamos inúmeras vezes. É importante entender que cada uma de nós temos o nosso tempo, o nosso tipo de aprendizado, não somos iguais umas as outras, mas não devemos nos punir por isso.
Vibre a cada conquista, a cada novo aprendizado, compartilhe sempre que puder(sério, isso faz muito bem para nós mesmas), J-A-M-A-I-S diminua suas habilidades e sempre reconheça e admita o seu sucesso. Fez alguma coisa bacana? Fale de boca cheia "Esse é o meu trabalho", "Eu que fiz isso", não tenha vergonha e nem pense que "está se achando", você está mostrando o quanto é maravilhosa e esforçada.
No mês de maio, em parceiria com o Afropython SP, participei de uma live com a querida Darlin Paula aonde abordamos transição de carreira com tópicos desse artigo e inteligência emocional, se você leu até aqui, vale a pena conferir:
Por fim, sempre que possível cuide da sua saúde mental, faça terapia, tenha hobbies, cuide do corpo, da alma porque se você não estiver bem consigo mesma, será muito mais dificl embarcar nessa jornada. E se der medo? Vai com medo mesmo!
Posted on March 8, 2020
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